quarta-feira, 20 de março de 2013

O rock nacional suplica por novidades


         Após os anos 1970 ter o registro de grandes bandas como Mutantes, O Terço, Made in Brazil, entre outras, o rock nacional se solidificou no país e caiu no gosto popular na década seguinte. Com isso, nos anos 1980, Paralamas do Sucesso, Titãs, Barão Vermelho, Ultraje a Rigor, Legião Urbana, Capital Inicial, preencheram de vez uma lacuna desafiadora: fazer rock com letras em português. E foi um sucesso. 

         Os reflexos posteriores foram constatados nos anos 1990, e o cenário promissor se materializou com Raimundos, Chico Science, Mundo Livre S/A, Charlie Brown Jr. No entanto, o começo do novo século abriu um buraco para o estilo e a morte do vocalista Chorão abriu reflexão sobre os rumos do rock nacional a partir dos anos 2000. 

         O aparecimento de grupos como NX Zero, Detonautas e Restart, infelizmente não ocupou o espaço que em todas as décadas é bem ocupado. Portanto, não é exagero cravar que o rock nacional encontra-se em coma, aguardando as letras, o peso e a criatividade que sempre foram notórias em nossos artistas. Não estou desmerecendo as bandas do passado, mas precisamos respirar novos ares, criar expectativas para que o futuro não seja tão nebuloso. 

        De década em década, sempre aparece um grupo de moleques diretamente influenciados pelo que está acontecendo. Então, onde estão os garotos que ouviram Raimundos, Charlie Brown, Paralamas, Titãs? Estamos aguardando vocês saírem da garagem. 

Jimi Hendrix: People, Hell & Angels

         A pergunta é difícil, mas o que estaria fazendo Jimi Hendrix, aos 70 anos se estivesse vivo? Se em 5 anos de carreira (1966-1970) o guitarrista produziu músicas e álbuns fantásticos, o que poderíamos esperar deste gênio da guitarra que faleceu em 1970? Complicado imaginar. 

         Fato é que, Hendrix era viciado no que amava e por conta disso, vivia gravando no estúdio, produzindo incessantemente. Grande parte desse material foi lançando durante os últimos 40 anos e a ‘grande novidade’ do momento é "People, Hell & Angels”. Lançado mundialmente no último dia 5 de março, o disco póstumo traz 12 canções em performances que nunca haviam sido lançadas – embora algumas músicas tenham aparecido com outras roupagens. 

       Na última semana, o álbum vendeu 72 mil cópias e entrou na segunda posição na parada dos Estados Unidos, melhor posição que Hendrix ocupou desde 1968. É pedrada atrás de pedrada. Coisa de Hendrix. Coisa de Gênio. 


Disco retirado do blog 'royalemusicas.blogspot.com'



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